MENSAGENS SOLTAS DE UMA HISTÓRIA RELATIVAMENTE RECENTE

2008/04/21

Formador de Leiria conseguiu falar com Ferreira de Sousa

Em Agosto de 2007 liguei para o CIDEC para confirmar a recepção de notas que havia enviado. Por mera sorte atendeu-me a administrativa que lá trabalhava, a dizer que tinha sido despedida, conjuntamente com a Dora, e que o CIDEC estava muito mal. Como tinha em minha posse dois cheques, com indicação de não os "meter" senão quando fosse informado nesse sentido (como aliás era costume), resolvi depositar o de maior valor; veio devolvido, com indicação de "extraviado" - aliás vi no blogue que não fui o único que sofreu o duplo choque de ver 1 cheque voltar para trás, e ainda por cima com a questão subjacente de o ter furtado, desviado ou afim... Contactei o meu advogado, que conheci quando dei formação no CIDEC - Leiria, e que também fora formador lá. Este fez algumas diligências exploratórias e ambos concluímos que seria contraproducente avançar imediatamente para os Tribunais (na altura desconhecia as queixas já feitas por formadores e formandos junto das entidades financiadoras, pois só tomei delas conhecimento através do blogue).

Tentámos então falar com o Prof. Ferreira de Sousa, ligando para o CIDEC Lisboa - sem sucesso. O advogado escreveu então um fax explicitando o interesse em estabelcer contacto, pedindo ao Prof. que entrasse em contacto comigo, para o nº de telemóvel que constava no fax. Passados alguns dias - não posso precisar a data mas tenho quase a certeza que já foi este ano - recebo uma chamada de um nº privado: era S. Exa. Tinha recebido o fax e estava ao dispor para os esclarecimentos que eu necessitasse; indicou que o CIDEC estava muito mal financeiramente devido aos "enormes atrasos do POEFDS"; o CIDEC "tinha muito dinheiro a haver, mas o período de final de Quadro Comunitário estava a atrasar tudo"; "estavam à espera de poder concorrer ao QREN, para com o dinheiro do primeiro adiantamento poder pagar aos formadores" - (todas as expressões entre aspas foram discurso directo).

Após relatar a conversa ao advogado, decidimos aguardar, baseados nos seguintes pontos:

- Como conheço os atrasos das unidades de gestão, era possível, face ao elevado volume de formação do CIDEC, que os pedidos de reembolso e de saldo final estivessem a ser analisados em conjunto, o que provoca imensas demoras;
- Recebo um email do CIDEC Braga a anunciar um curso, o que significava que o CIDEC ainda estava vivo;
- Ligar para as entidades financiadoras (POEFDS, CCDRC, IGFSE) poderia "levantar a lebre" (de notar que na altura não sabia das reclamações já feitas), pois daria azo a que estas suspendessem os pagamentos, e no limite cancelassem as decisões de aprovação, o que anulava qualquer reembolso que pudesse ainda existir.

Agora que já li no blogue as vicissitudes de outros colegas vítimas sei que, além de ter trabalhado para aquecer durante o 1º semestre de 2007 (cheques carecas, recibos emitidos sem ter recebido), ainda fui enganado por ele. Por aquilo que me apercebi pelo blogue, não me parece que haja alguma coisa a fazer, nomeadamente quando referem que:a) o POEFDS já transferiu aquilo que tinha a transferir;b) já houve decisões de aprovação revogadas.

Infelizmnte, este processo parece-me perdido à partida, mesmo que S. Exa. ainda esteja em Portugal e o consigamos colocar na prisão. Baseio esta minha resignação exactamente nas centenas de lesados, e no facto inevitável de as entidades financiadoras, conhecendo já os contornos do caso, quererem liquidar algum (eventual) reembolso ou saldo a uma entidade cheia de dívidas, nomeadamente ao Estado.

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